As políticas de imigração nos Estados Unidos passaram por mudanças drásticas com a alternância de poder entre Biden (2021-2024) e Trump (2025). Enquanto Biden buscou flexibilizar regras e promover uma abordagem mais humanitária, Trump, ao reassumir a presidência em 2025, implementou uma agenda mais rígida, revertendo muitas das medidas de seu antecessor.
Este artigo analisa detalhadamente todas as mudanças nas políticas de imigração entre os dois governos e seus impactos diretos nos imigrantes.
Biden (2021-2024):
Biden suspendeu a construção do muro na fronteira com o México, reverteu políticas de tolerância zero e tentou estabelecer mecanismos mais humanitários, como o uso do aplicativo CBP One para agendamento de entrevistas de asilo. Além disso, ele encerrou o programa “Remain in Mexico”, permitindo que solicitantes de asilo aguardassem nos EUA enquanto seus casos eram analisados.
Trump (2025):
Trump retomou a construção do muro e reinstaurou o “Remain in Mexico”. Ele também ampliou a presença militar na fronteira e desativou o aplicativo CBP One, eliminando uma das principais ferramentas usadas no governo Biden para organizar fluxos migratórios. Além disso, Trump intensificou a fiscalização com redadas em pontos sensíveis, como igrejas, escolas e hospitais.
Biden (2021-2024):
Biden priorizou a reunificação de famílias separadas na fronteira e criou vias humanitárias especiais para refugiados ucranianos e afegãos. Ele também aumentou o número de admissões anuais de refugiados, que haviam sido reduzidas drasticamente durante o governo Trump anterior.
Trump (2025):
Trump suspendeu o Programa de Admissão de Refugiados, resultando no cancelamento de pedidos já aprovados durante o governo Biden. Além disso, ele limitou o número de refugiados aceitos anualmente e retomou políticas de tolerância zero, incluindo a separação de crianças de suas famílias em alguns casos.
Biden (2021-2024):
Durante seu governo, Biden eliminou a regra de carga pública, permitindo que imigrantes ajustassem seu status sem medo de serem considerados “fardos” para o governo. Ele também facilitou o ajuste de status para cônjuges e filhos de cidadãos americanos.
Trump (2025):
Trump reintroduziu a regra de carga pública e estabeleceu prazos mais rígidos para o envio de exames médicos (Formulário I-693) junto com o pedido de ajuste de status (I-485). Esses novos prazos dificultaram o processo para muitos imigrantes, aumentando o número de rejeições devido à documentação incompleta.
Biden (2021-2024):
Biden expandiu o TPS para incluir cidadãos de países em crise, como Venezuela, Ucrânia e Afeganistão, permitindo que milhares de imigrantes desses países permanecessem legalmente nos EUA.
Trump (2025):
Trump iniciou o processo de encerramento do TPS para vários países, incluindo El Salvador e Haiti, argumentando que as condições nesses países haviam melhorado. Essa decisão colocou milhares de imigrantes em risco de deportação.
Biden (2021-2024):
Biden protegeu o DACA e permitiu que jovens imigrantes renovassem suas autorizações de trabalho e residência temporária. Ele também tentou, sem sucesso, tornar o programa permanente por meio do Congresso.
Trump (2025):
Trump retomou as tentativas de encerrar o DACA, bloqueando novas inscrições e limitando renovações. Essa medida gerou forte oposição e já enfrenta desafios legais.
Biden (2021-2024):
Durante o governo Biden, a implementação do Real ID foi adiada, permitindo que imigrantes continuassem usando carteiras de motorista estaduais para viagens domésticas.
Trump (2025):
Trump implementou o Real ID em maio de 2025, exigindo identificações mais rigorosas para viagens domésticas. Essa medida impactou diretamente imigrantes indocumentados que dependiam de carteiras de motorista emitidas por estados que não exigem comprovação de status migratório.
Biden (2021-2024):
Durante o governo Biden, não houve tentativas de modificar o direito à cidadania por nascimento, garantido pela 14ª Emenda da Constituição.
Trump (2025):
Trump anunciou planos para revogar a cidadania automática para filhos de imigrantes nascidos nos EUA, mas essa medida enfrenta forte oposição legal e foi suspensa por decisão judicial.
A transição de Biden (2021-2024) para Trump (2025) marcou uma reviravolta significativa nas políticas de imigração dos Estados Unidos. Enquanto Biden buscou uma abordagem mais humanitária e flexível, Trump reinstaurou medidas restritivas, endureceu regras e intensificou a fiscalização.
Diante desse cenário, é essencial que os imigrantes se mantenham informados sobre as mudanças nas leis e busquem assistência jurídica para entender como essas políticas afetam seus direitos e opções.
